por que você volta?
a saudade é tão latino-brasileira que já foi considerada uma das palavras mais difíceis de traduzir. afinal, não é só sobre a falta. é a presença que insiste.
e se voltou, é porque doeu na alma (tudo pra dizer que tamo de volta!).
estamos cada vez mais solitários
não sou eu, Camis, que tá falando isso, e sim a OMS que, recentemente, anunciou sua preocupação com a epidemia da solidão.
não é novidade que a pandemia nos deixou meio doidinhos e carentes, né? isso é tão profundo que alguns estudos afirmam que ela contribuiu para o aumento dessa tendência. já que vocês gostam de dados, aqui vai: 50% dos brasileiros se sentiam solitários durante o período, muito acima da média global de 30%. tá passada? eu também fiquei.
acontece que algo se popularizou ainda mais na pandemia: o crescimento das redes sociais e, consequentemente, a solidão se intensificou. eu te explico: pessoas interagem, em sua maioria, dentro de suas bolhas, enfraquecendo a experiência coletiva e a ativando a necessidade de reconexão. e qual é uma das formas de se contornar isso? proporcionar mais experiências coletivas. parece óbvio, né? e é mesmo.
pensando nesse contexto, muitas marcas têm adotado uma estratégia em comum para se conectar com consumidores: o marketing de nostalgia. aparentemente, reativar memórias e emoções antigas nos impulsiona a fortalecer vínculos… além de dar aquele quentinho gostoso no coração! afinal, nenhuma experiência é individual.
quando fui me aprofundar mais no assunto, não demorei muito para achar campanhas que resgatam esse sentimento. quer um exemplo bem recente? "bodas de prata do big brother brasil".
o lançamento de filmes nostálgicos, turnês de grupos separados e remakes de novelas de sucesso da telinha (só eu assisti pantanal aqui? rs) também fazem parte disso. sem contar outras milhares e milhares de campanhas que, diga-se de passagem, são sempre as que me pegam mais. melancólica que só ela...
não tá acreditando? você chegou a ver a nova campanha da pizza hut? ou o relançamento de um clássico da nestlé dos anos 80? que tal comprar sua capricho na banca (BANCA!!!)? ou melhor: convide seu @ para assistir o novo final de caverna do dragão! um beijo para Publicitários Criativos pela participação aqui.
o apelo desses conteúdos mostra mais do que uma simples nostalgia: constrói um terreno fértil e comum para a interação e o diálogo, unindo o desejo de reviver um passado coletivo ao mesmo tempo que se conecta em um presente compartilhado.
marcas, sejam emocionadas (opinião com validade de 24h)!
todo mundo tem que falar do BBB?
✨ “você é corajoso. você não é melhor do que ninguém, mas você é esforçado…” ✨
além das quotes do Diego e uma tretinha aqui e ali, esse é outro BBB chato. seja pela falta do Boninho ou porque tá todo mundo morrendo de medo de ser cancelado aqui fora, todas as tretas ficaram só na faísca, seguido por enxurrada de pedido de desculpa e abraços.
homenageando os BBBs passados, o programa segue com muitos prêmios, patrocinadores e ações. os participantes já sabem que eles são figurantes das marcas e, em qualquer interação, é possível ouvir eles agradecendo DEMAIS a Nestlé, o Mercado Livre, a MRV...
mas será que todo esse investimento vale a pena? Iuri Maia, diretor de estratégias de marca do Mercado Livre, disse que, ano passado, uma única ativação durante a Prova do Líder gerou um aumento superior a 99% no GMV (valor bruto de vendas). bom, resultado tá dando, né?
e esse não é um fenômeno exclusivo do BBB, vários reality shows estão recebendo investimento das marcas que pode chegar à bagatela de R$114 milhões. inclusive, tem marca que já criou o próprio programa.
as marcas que não participam do BBB, ficam de fora de uma conversa que tá a maior parte dos brasileiros inclusa. pô, não é pra desembolsar um investimento gigante, mas dá pra falar disso nas redes. tipo assim e assim.
ou seja, você não tem que falar, mas seria bom (se fizer certo).
trazer o que rola no mundo de uma maneira que caiba na realidade da sua marca é um ótimo jeito de conversar de igual com o seu público ou um novo. esse é um papel essencial do comunicador, incluir a cultura local nas marcas.
sem ficar só imitando o povo de fora. até porque, a publicidade brasileira é uma das mais criativas e premiadas DO MUNDO, viu?
sinceramente, nenhum outro lugar ia produzir um Diego Hypolito, né? viva a cultura latina!
~quebra-gelo no almoço presencial~
o começo de ano é engraçado, primeiro ficamos 57 dias em janeiro e aconteceu tanta coisa, né? Sorocaba viralizou, as férias acabaram, vários boletos vieram, o dinheiro sumiu, o Fer encontrou um amor (piada interna paper)...
vamos pensar nisso tudo um pouco e aí vem o papo: o que aconteceu nos várioooos dias de janeiro que te levaram direto pra sua infância? um cheiro que lembrou um parente querido, o ex que mandou mensagem ou a música nova que te apurou os olhos...
é a hora de abraçar a nostalgia do papo e trocar um pouco dos prazeres da infância, vamos? só pensamentos felizes, ein! já basta o sofrimento que foi sair do primeiro mês de 2025.
vamo sorrir pra ver se a vida sorri de volta. até a próxima, xuxu!