o nosso papel importa.
o mais difícil do autoconhecimento é admitir: a gente também erra. mas quando a gente se responsabiliza, a culpa perde a força.
e começa, enfim, o recomeço.
polêmica, mau-caratismo e o “poder” da imagem pessoal
você viu, eu vi, todos vimos o papelão que foi a CPI das Bets com o depoimento da influenciadora Virgínia Fonseca, né?
assista aqui e prepare-se para a vergonha alheia: teve confusão entre microfone e canudo, selfie com “fã” no meio da comissão e um looping de constrangimento que brotou em absolutamente todo o feed.
o que poderia ter sido uma crise, e talvez ainda seja, virou uma vitrine poderosa, e tudo isso por causa de uma construção de imagem milimetricamente pensada.
👉 cabelo sem graça
👉 óculos de grau
👉 make basiquinha
👉 e, claro, o moletom com sua filha viralizada e amada por seus fãs
aqui a construção da narrativa é simples e direta: uma pessoa que não sabia do que estava fazendo e que, acima de tudo, é uma mãe... e quem julga mães?!
sua marca WePink esteve presente o tempo todo: uma enorme garrafa de água cor-de-rosa (não se sabe se com água, álcool, toddynho ou vento). mesmo em um momento de tensão, Virgínia conseguiu inserir sua identidade visual sem desconectar totalmente o público com o seu mundo.
mas se você acha que o espetáculo estava apenas na câmera, você está muito enganado! após o burburinho, a grife lançou uma campanha oferecendo desconto em seus produtos.
é pão e circo que o povo quer? pois bem, é pão e circo que eles terão.
como se isso não bastasse, o uso da CPI como palco para viralização e autopromoção de figuras públicas, somado ao descaso com a justiça brasileira, ainda choca - mas não nos surpreende.
contudo, a vida não é um morango.
mesmo com todo o controle de narrativa (e até silenciamento das páginas de fofoca), a conta chega para todos.
a empresária perdeu, aproximadamente, 500 mil seguidores no Instagram, e esse número segue caindo. pensando que o trabalho dela tem como base as pessoas que a seguem, isso pode ser um problema se o fluxo seguir. o que, sinceramente, eu duvido.
e onde eu quero chegar com isso? não adianta você construir uma imagem perfeita se as suas atitudes não estão alinhadas com suas ações.
família, Deus e amor… mas você poderia perder uma grana aqui pra eu lucrar com a sua derrota?
e se você chegou até aqui, aqui vai mais um ponto importante: o palco só existe porque alguém bate palma.
se o seu influenciador favorito realmente se importasse com você, ele estaria divulgando o fim da escala 6x1, e não jogo de aposta.
a sua história é a minha também.
pode parecer difícil de acreditar, mas temos mais em comum do que parece. só que são as diferenças que gritam, né?
gente como a Lucimar, da novela Vale Tudo, que inspirou 270 mil mulheres a registrarem um pedido de pensão alimentícia no aplicativo da defensoria pública.
o que falhou ali não foi a coragem dessas mulheres, foi a comunicação. a informação já existia, mas não chegou como deveria.
às vezes, tratamos o outro como “alvo”, “usuário” ou “segmento”. e esquecemos que é gente do outro lado, com história, medo, desejo, boletos e sonhos.
Martin Buber dizia que só existe transformação verdadeira quando o encontro é entre um Eu e um Tu e não um Eu e um “isso”.
e só na transformação acontece a comunicação. na troca real, na escuta, no reconhecimento do outro como sujeito, que algo se move.
o objetivo não deve ser apenas convencer, mas conectar.
e se 270 mil mulheres só entenderam seus direitos por causa de uma novela… é porque a vida delas nunca foi só ficção.
faltava só alguém contar do jeito certo. e como anda a comunicação da sua marca?
quem disse que brincar é coisa de criança?
vamos falar sobre as bonecas reborn.
se já conhece sobre o tema, ou você riu ou você se assustou.
mas não riu ou se assustou quando viu homem colecionando action figures de R$1.500, né? rs
provavelmente você foi impactado por uma matéria dizendo que uma “mãe” levou sua bebê reborn a um hospital. sinto dizer: é fake, não aconteceu. mas viralizou e não foi à toa.
o marketing negativo é um algoritmo disfarçado de opinião. ele cria o “absurdo” pra vender engajamento, a polêmica pra ganhar alcance e a mentira pra fazer barulho.
isso diz muito menos sobre as reborns e muito mais sobre o poder da indignação.
aquele que usa o deboche como isca. que lucra com o escândalo e o clique, mesmo que a verdade fique pra trás.
comunicar não é só informar. é escolher o que merece ser escutado.
talvez você nunca tenha tocado numa bebê reborn, mas com certeza já foi tocado por uma narrativa mal contada.
e como anda a narrativa da sua marca? vamos falar sobre isso?
~quebra-gelo no almoço presencial~
bebe reborn, Virginia na CPI, pastor mirim... cheio de polêmica boa acontecendo por aí e todo mundo rebolando o queixo no almoço?
joga na mesa: quais as melhores polêmicas nessa semana?
por aqui, rolou muita conversa e o nosso saudoso Fer já inventou uma nova:
“e se você pudesse voltar no tempo, cometer um crime, e depois retornar pro presente como se nada tivesse acontecido... que crime você escolheria?"
não que a gente esteja incentivando, mas olha... deu pano pra manga. voltamos com novas polêmicas logo! xauuuu 🚀