o que você pode fazer pelo ontem?
5, 10 ou 20 anos vão passar de qualquer jeito. o tempo não espera, ele só continua. e quando olhar pra trás, vai preferir ter vivido 5 anos dessa nova história ou somar tempo de vontade guardada?
é, é isso.
o Canva tá tirando uma com a gente
e não é de hoje.
durante muito tempo, o Canva foi sinônimo de “design para quem não é designer” e, pensando na proposta, é bem por aí mesmo.
ele é fácil de mexer, acessível até no plano gratuito e é extremamente intuitivo, coisa que não rola nos softwares profissionais.
acontece que o Canva se aprimorou tanto que já faz sentido repensar o uso de mil aplicativos, quando tudo está reunido em um só lugar.
polêmico? sim.
mas continua aqui comigo.
a marca transformou a área ao redor da Estação Waterloo, em Londres, num playground para as verdades de marketing. as ativações em OOH fazem piada com frustrações diárias dentro de uma agência, ao mesmo tempo que se aproveita para promover seus recursos.


é parte humor autodepreciativo (que a gente ama) e parte vitrine de recursos (que o Canva ama). engraçadinhos e espertinhos, assim a gente se apaixona.
com um único mote, a marca desmistifica seus recursos, cutuca profissionais e mostra autoridade no que diz. afinal, criticar é fácil, difícil é dar uma solução. e o Canva entregou: cada vez mais acessível e completo.
já no Brasil, Jacquin é a estrela da nova publicidade para divulgar o recurso de legendas automáticas.
depois que entendemos que ferramentas são apenas ferramentas (como o nosso grande ChatGPT) e o resultado final depende totalmente de quem está por trás, algumas coisas passam a fazer sentido.
porque não importa o que você, alecrim dourado, acha do Canva.
o fato é que ele existe e tem a tendência de acompanhar o crescimento do mercado, além da rapidez em soluções que outras ferramentas não apresentam.
designers, deixem o orgulho de lado e comecem a entender como o Canva pode aprimorar o seu trabalho e facilitar o seu dia.
se existe, é para usar, pô.
abra o seu coraçãozinho para novas possibilidades.
R$ 580 mil a R$ 5,8 milhões
você tem meio milhão sobrando para… uma inscrição? somando produção, equipe, hotel, viagem e PR, passa fácil de R$ 5 milhões por Leão em Cannes.
o festival nasceu em 1946, só abriu espaço pra publicidade em 1953. o Brasil só foi pra França em 70: no júri em 1972 com Alex Perissinoto e os primeiros Leões em 1971, incluindo dois Ouros.
a gente era visto como uma agênciazinha de país subdesenvolvido e hoje somos homenageados como o primeiro “Creative Country of the Year” do festival.
a verdade é que Cannes é um clubinho fechado de meninos mimados e só entra quem pode pagar. lá fora, a lógica é a mesma que a gente já conhece aqui: agências gigantes, com verbão que desdenham das pequenas.
se não sabe dividir brinquedo, vai saber brincar? daí nascem as peças fantasmas, um jeitinho de burlar as regras pra participar do festival. (ps: jeitinho que só agência com muito dinheiro pode dar, tá?)
primeiro, começaram com peças que nunca viram a luz do sol. aí o festival apertou as regras. então passaram a veicular — mas só uma vez, ou só um post no Instagram, só pra cumprir tabela. só que neste ano, chegamos ao cúmulo: teve até vídeo de reportagem antiga, tirada do contexto, usado como peça de campanha. fake news com embalagem premiável, com direito a nota de esclarecimento.
e a culpa é de quem? da agência que gasta milhões pra inflar a estante de leões? do diretor criativo que assina e sobe no palco? do cliente que topa veicular qualquer coisa só pra ter o nome no case? ou do júnior que teve a ideia, queria só fazer parte de um mundo um pouco mais justo e ainda executou tudo com prazo apertado?
fica aí o questionamento...
ela não é de verdade, mas a gente queria que fosse
ninguém sabe direito quando começou, mas de repente a Marisa Maiô já tava no seu feed, comentando sobre amor, passando pano pra amiga da plateia e, claro, apontando o dedo na cara da sociedade.
ela não existe, mas parece que tá mais presente do que gente de verdade. não é deepfake. não é dublagem. não é piada com figurinha de grupo de zap. ela é entretenimento puro, feita inteiramente com IA. uma influenciadora 100% digital.
a nova geração de influenciadores digitais não respira, não come, não tem ansiedade e nenhum outro problema real. mas, ainda assim, o público comenta freneticamente. se emociona com os desabafos e compartilha bordões.
bem-vindo ao novo entretenimento digital: um lugar onde a gente cria laço com o (cada vez mais) irreal.
mas por que isso funciona tanto?
um personagem de IA não cansa, não se envolve em polêmica, não atrasa job e pode fazer 15 vídeos por semana, com roteiro, figurino e até trilha própria.
e melhor: sem crise de imagem, sem burnout, sem cachê variável.
parece um sonho de cliente, né?
mas o segredo do sucesso desses influenciadores não é só a eficiência da máquina. é a humanidade que a gente - sim, nós redatores e social medias - projetamos neles.
o mesmo olhar vazio que denuncia que é IA… também é o que a gente escolhe preencher com empatia, carinho e identificação. parece simples, mas a mágica só acontece através das nossas mãos.
então, antes de achar que a IA veio pra tomar o nosso lugar, lembre-se: ela depende de quem cria. alguém com bagagem o suficiente pra transformar dados em conexão.
e é isso que ainda nos mantém insubstituíveis.
~quebra-gelo no almoço presencial~
às vezes, a gente trabalha com uma pessoa por anooosss e não sabe tudo dela, né? bom, assim, o jogo fica mais divertido, hehe.
o quebra-gelo dessa vez é um jogo: cada um conta uma verdade e uma mentira sobre si mesmo e o resto da mesa precisa adivinhar qual é a mentira.
as nossas mentiras seguirão sendo mentiras.... he he he até maisss!